Após exigir o emplacamento de bicicletas na cidade, Pontal (SP) parou de fiscalizar os ciclistas por falta de local para recolher os veículos apreendidos em flagrante de irregularidades no trânsito. O município de 40 mil habitantes possui 19 mil bicicletas segundo dados da prefeitura.
Em 2011, Pontal tornou obrigatório que as bicicletas que circulam pelo município recebessem placas com letras e números, semelhantes aos veículos automotores. Segundo a Prefeitura, cerca de 6 mil emplacamentos chegaram a ser feito, mas o serviço parou junto com a fiscalização porque a cidade não disponibilizou uma área para armazenar os veículos.
Sem dar data, o prefeito da cidade, André Luis Carneiro (PSB), afirmou que estuda uma área para abrigar as bicicletas. Segundo ele, o projeto deve sair ainda este ano. “A gente quer retomar esse trabalho e principalmente com conscientização. Já tivemos vários acidentes graves, inclusive com vítimas fatais na cidade com bicicletas. Então a gente quer fazer essa orientação e posterior o recolhimento das bicicletas que não se enquadrarem nas legislações. A cidade, relacionada às bicicletas, está sem fiscalização porque não temos o local para colocar as bicicletas apreendidas”, afirmou.“Eu acho difícil, primeiro por meios humanos, os meios também de material, para nós fazermos essa fiscalização nas bicicletas. O que nós esperamos, que tão logo a prefeitura retome esse assunto de emplacamento de bicicleta, que eles definam um corpo de fiscalização das bicicletas. Que seja definida na própria lei, que também você analisando ela não está definido quem fiscalizará, então o correto seria eles criarem um grupo de agentes que fiscalizarão, recolherão essas bicicletas e farão a autuação, se assim eles definirem na lei”, concluiu Arantes.Um outro problema apontado pelo sargento da Polícia Militar Edson Arantes na hora de fiscalizar os ciclistas em Pontal é que a lei municipal criada em 2007 para regulamentar o trânsito de bicicletas na cidade não prevê qual autoridade será responsável por autuar e recolher os veículos.
Enquanto o impasse não é resolvido, os ciclistas da cidade ficam sem fiscalização. A monitora infantil Joana Feitosa diz já ter sido vítima de acidentes com bicicletas. Segundo ela, a cidade sofre com a imprudência no trânsito. “Você está andando de carro, de moto, elas vêm na contramão. Você vai virar uma esquina, elas viram ao contrário, de frente, você tem que estar parando para não passar em cima. Até na calçada, se você tiver na calçada é perigoso você ser atropelado por uma bicicleta”, relatou.
Fonte G1
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